Eu conheci o parkour por intermédio de um amigo do meu amigo, em um show de sua banda, ele me perguntou se eu fazia parkour por causa do meu tênis (RBK da palmilha grossa), eu disse que nunca tinha ouvido falar, ai ele me explicou o que era o parkour e fez um wall-spin, eu achei da hora. Indicou-me uma comunidade do orkut caso eu quisesse pratica, levou quase um mês depois disso para o meu primeiro treino.

Começar a treinar foi muito difícil para mim, pois eu mal tinha coordenação para correr e muito menos um preparo físico para alguma atividade que usa tanto o corpo como o parkour. Eu não tinha consciência que para fazer alguns saltos com altura pouco maior que 2m era necessário o treinar físico e ter alguma técnica, com isso era muitas quedas, joelhos na carne viva e etc.

Não sabia que o parkour tem uma filosofia. Depois ver algumas pessoas comentando sobre ela, fui pesquisar na internet, com isso descobri os seus fundamentos e objetivos. Para se ter uma noção antes de parkour eu não era capaz de fazer se quer uma flexão, já hoje posso fazer 55. Monkey, rolamento foi um bicho de sete cabeças, demorei mais ou menos três meses para aprender.

Na época eu treinava com muitas pessoas que ficavam me zoando, porque eu não sabia fazer os movimentos, e pelo meu físico que era muito magro. Comecei a treinar sozinho até que o Felipe Sales vulgo Bata (um dos primeiros praticante do parkour em Maceió), me chamou para treinar com ele e conseqüentemente com o Edval(edi), Renault e Adriano(Pop). Vendo o desinteresse dos praticantes, demos inicio a formação do Ibyanga, com o Objetivo de treinarmos juntos e com as pessoas interessadas.

Há alguns meses atrás, percebi que para fazer um movimento, envolve mais coisas que o preparo físico, e mais ainda do está apto a fazer um movimento, mais sim a força de vontade, pois é ela o combustível o parkour sem si. A dedicação é fundamental para uma evolução rápida eficiente.

Fui obrigado a abrir mão de varias coisas como sair ao Shopping para passear, beber com alguns amigos nos finais de semana, e até mesmo algumas amizades e principalmente, comidas! Algumas como: leite condensado caseiro, comidas oleosas, e doces, principalmente doces! Está sendo muito difícil mais a vontade de comer essas cosias, foram substituídas pela vontade de concretizar um movimento.

Na minha opinão, o parkour vai bem mais além que salto, mais tem haver com evolução de mente e corpo, amizade e uma perspectiva nova da vida, e a “pensar unicamente e agir globalmente”.

Contato: Ibyanga@parkour.com.br